terça-feira, 26 de novembro de 2013

[sonhos, bondade e abertura ao desconhecido]

Olá!

Hoje, as RaV trazem-vos uma entrevista a Aline Campbell. Ainda não sabem quem é? Aline é a criadora do projeto Portas Abertas (ou Open Doors), que é focado nas relações interpessoais, na bondade, na mudança, no enfrentar de medos ou inseguranças e muito mais. Vejam vocês mesmos!





O que mais nos inspirou neste projeto foi a vontade de se relacionar com os outros, de mostrar ao mundo que a bondade existe e se multiplica, que o risco compensa e, acima de tudo: que temos sempre uma escolha. Que seguir os nossos sonhos é possível!

Admiramos pessoas assim, que lutam pelos seus ideais, que vivem a vida de acordo com os seus valores e que mostram aos outros aquilo em que acreditam. Que é possível ter uma vida assim e serem felizes por serem fiéis a si mesmos.

Não se esqueçam de sairem da vossa zona de conforto de vez em quando: terão experiências incríveis, conhecerão pessoas inesquecíveis e saberão um pouco mais sobre vocês mesmos.

Agora, vamos à entrevista!

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{Viajar sem dinheiro, constitui uma enorme força de espírito. Consideras-te como uma turista ou viajante?}

Sem sombra de dúvidas, viajante. A mim interessa mais conhecer os lugares através dos meios de viver das pessoas locais, não através de um livro turístico. E é esta a grande diferença entre o turista e o "viajante". Eu abomino passeios em grupos ou ter que seguir um guia. Já fiz vários destes passeios e não consigo gostar do troço de jeito nenhum! Não pelo profissional em si, mas pela energia de estar no meio de um grupo de pessoas, que só faz fotografar qualquer coisa que vê pela frente, achando que com isso vai conhecer a cidade. Eu gosto de ser livre e traçar minha própria rota, no meu tempo. Gosto de descobrir o meu belo, e não tomar por beleza algo já descoberto e vendido ao mundo como padrão. Começa daí, não sou turista porque meus padrões não se enquadram nos padrões. Eu nem mesmo consegui gostar de Paris, aliás. Mas essa já uma outra história... risos.

{Como enxergas o mundo agora que a viagem acabou? Mudou alguma coisa na tua vida depois desta experiência?}

Enxergo da mesma maneira, porém mais confiante, após esta grande vitória de ir contra a correnteza e provar que muito é possível quando se estar aberto ao mundo e nele confia. Algumas coisas mudaram sim, eu passei a olhar os ricos com outros olhos e enxergar que há boas pessoas em qualquer classe. Estou a cada vez mais desapegada à coisas materiais e não dou a mínima, por exemplo, quando um hóspede derrama cerveja no sofá da sala.

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{O Portas Abertas tem um objetivo bem específico: mostrar às pessoas que a bondade faz parte de nós. No entanto, isto é algo difícil de ser visto por aqueles mais cépticos e que acomodam-se muito facilmente ao seu estilo de vida próprio. De que forma o projeto pretende mudar a consciência da sociedade?}

Mostrando o bom, com exemplos práticos. Fala-se muito que é perigoso pegar carona, porém quem diz nunca tentou. Então eu venho mostrar que as coisas muitas vezes não são como as pessoas pensam, não são tão perigosas. Na verdade, na maioria das vezes, o perigo nem mesmo existe. É tudo implantado na gente de forma quase que inconsciente, através dos veículos de comunicação, que pegam um exemplo negativo e o sobrepõe a tantos infinitos outros positivos. Eu estou aqui com o projeto para mostrar ao mundo o lado bom, e quem sabe inspirar outros a enxergá-lo também.

{Lemos que irias escrever um livro sobre este teu projeto. Em quais assuntos te irás focar?}

É na verdade meu diário de viagem que pretendo publicar. Eu me policiava para escrever todos os dias durante a viagem, e agora estou no processo de revisão pessoal do texto, para então procurar uma editora.

{Qual foi o teu maior desafio nesta viagem?}

Aprender a receber, sem dar em troca.
Mas no decorrer da viagem eu aprendi que esta troca muitas vezes não se dá pela pessoa X à Y e vice-versa, mas sim da X para a Y, e da Y para a Z, ou seja, se você receber de alguém, não precisa se preocupar em fazer algo em troca naquele momento. Quando você puder, irá fazer a outra pessoa... e essa outra pessoa, a outra... E assim a corrente se fortalece, criando elos em diferentes partes da sociedade.

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{O que sentiste ao voltar a casa: saudades, orgulho ou vontade de repetir?}

Tudo ao mesmo tempo! Hahaha
Saudades é clássica, bate aquela depressãozinha pós viagem... mas aos poucos a gente vai voltando à rotina do dia a dia. Senti bastante orgulho ao concluir esta etapa do projeto. Orgulho do mundo e orgulho de mim, por ter voltado com 100% de experiências positivas e um aprendizado imensurável.
Vontade de repetir será concretizada logo logo, em viagem semelhante ao Brasil, no ano que vem.

{Fizeste algum tipo de planos antes de partires, como escolher os locais que irias visitar?}

Eu costumo dizer que o plano é não ter planos. Porém fiz alguns durante a viagem... Agora segui-los é que foi o problema.
Na Alemanha, eu planejei ir à República Tcheca, e fui parar na França.
Em Londres, planejei ir à Barcelona, e parei em Belgrado (Sérvia).
Por isso digo que os locais que visitei, em grande maioria, surgiram ao acaso, através de conselhos e impulsos involuntários (como quando pegava carona na direção errada).
Minha única certeza durante toda a viagem era o ponto de chegada e partida, por conta dos bilhetes aéreos: Amsterdã e Zurique.

{Alguma vez te sentiste sozinha durante o percurso?}

É um tanto quanto egoísta sentir-se sozinho, no meio de tanta gente.

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{O conteúdo da tua bagagem também demonstra o intuito do Portas Abertas. Consideras ter um estilo de vida minimalista?}

 Sim, vivo minimalisticamente. Ao desapegar-se de desnecessárias coisas materiais, o ser humano só tem a ganhar... Sobretudo aprende a valorizar mais coisas mais profundas, como momentos e relacionamentos com outros. Objetos estão sempre desviando nossa atenção para o belíssimo mundo debaixo dos nossos narizes.

{Alguma vez sentiste medo ou vontade de desistir?}

Senti medo algumas vezes sim, mas a fé em que algo bom logo viria em seguida era suficiente para eu não ter vontade de desistir.

{Qual achas ser a razão de as pessoas não confiarem mais umas nas outras?}

Materialismo. Hoje em dia quando se fala em confiança, há sempre um bem material envolvido. Eu viajei sem absolutamente nenhum apego a coisas materiais, confiei nas pessoas, e só recebi bondade em troca. E eu diria também que é uma questão de projetar no outro o que você aplica na sua vida pessoal. Acho que antes de apontar o dedo, dizendo que não confia no próximo, pessoas deveriam refletir se ela de fato é merecedora de tal confiança. Efeito espelho.

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{Fala-nos do poder do olhar, como pode transformar vidas e de que formas te ajudou nesta viagem.}

É muito importante olhar o outro nos olhos. Assim, transmite-se confiança e credibilidade. Também, força, eu diria. Se você demonstrar-se segura, através de um firme olhar, o outro vai saber de cara com quem está lidando. E assim é também ao receber um olhar. Consegue-se descobrir bastante um do outro, através dessa troca.

{Quais são os três objectos mais importantes do teu dia-a-dia? Porque razão não podes viver sem eles?}

Hoje, os objetos mais importantes do meu dia-a-dia são meu laptop, minha roupa do corpo e minha câmera.
Agora dizer que não posso viver sem eles, não é uma verdade.

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Obrigada, Aline, por partilhares um pouco mais da tua experiência connosco! Ficamos à espera do teu livro. (Entretanto leiam as restantes entrevistas sobre o Open Doors.)

E vocês? Gostariam de viajar assim? Quais são os vossos ideais? O que querem para a vossa vida?

Tenham um dia maravilhoso,

~Mónica e Nícia

{todas as imagens e vídeos são da propriedade de Aline Campbell/Open Doors}

terça-feira, 19 de novembro de 2013

[3 passos para o sucesso]

O sucesso pode ser definido de diversas formas, seja na nossa vida pessoal ou profissional. A definição mais simples e que se adequa a todas as situações é esta: atingir os objetivos pretendidos.

No entanto, as pessoas não se questionam sobre “o que é” o sucesso, mas de “como” atingi-lo. E nem sempre os livros de auto-ajuda nos vão esclarecer.

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Não há dúvida de que nos deveremos manter positivos e perseverantes. Desistir não faz parte da equação, mudar de estratégia sim. As capacidades de organização e de planeamento serão fulcrais, mas na nossa opinião, os elementos que deverão estar sempre presentes são estes:


- Ser ousado: o medo retrai-nos e impossibilita-nos de atingir os resultados que pretendemos; ousar significa expor a nossa imagem e personalidade, por vezes até ao ridículo. Se por um lado aprendemos com os erros, por outro, temos a vantagem de que qualquer que tenha sido a consequência dos nossos atos, a podermos utilizar como uma estratégia diferenciada. O que nos leva ao ponto seguinte.

- Ser criativo: encontrar soluções diferentes para um mesmo problema é o que faz de nós uma pessoa criativa. Todos nós temos essa capacidade e quanto mais curiosos nos tornarmos, mais desafios (e soluções) encontraremos. A mente é um músculo e deve ser treinada!


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- Procurar o óbvio: pode parecer contraditório, mas a resposta mais simples, normalmente, é a mais correta: se tenho fome, como; se tenho frio, agasalho-me. Para situações mais complexas, o que difere é a estratégia utilizada para atingir o objetivo.

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Imaginem esta situação: É um dia de Inverno, saio de casa e esqueço-me do guarda-chuva. De repente começa a chover torrencialmente. Quais serão as soluções que me permitirão permanecer seca?


A) Entrar numa loja ou num café

B) Abrigar-me debaixo de uma varanda/paragem de autocarro/etc

C) Comprar um guarda-chuva novo

D) Colocar um saco de plástico na cabeça

E) Pedir abrigo no guarda-chuva de outra pessoa

F) Meter-me no autocarro/comboio/táxi/metro

G) Comprar uma gabardine

H) Tirar as meias e usá-las como gorro

I) Usar a mala/bolsa para cobrir a cabeça

J) Correr à velocidade da luz

K) Chamar o super-homem

M) Rezar ao São Pedro, pedir para regar as plantas noutra altura


Entre as soluções sugeridas, eliminam-se aquelas que menos se adaptam às nossas necessidades. Seja porque não são possíveis de serem realizadas ou porque não dispomos dos recursos necessários. Não há respostas corretas ou erradas, há a solução (ou soluções) que mais se adequam à situação que queremos resolver.

Qual é a tua definição de sucesso? O que te faz feliz? O que poderás fazer para lá chegar?


Tenham um dia maravilhoso,

~Mónica e Nícia

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

[as rosas] quem são elas?

Olá! Olá!

Nós somos a Mónica e a Nícia e vamos já apresentar-nos num pequeno vídeo. Se estiverem curiosos(as) e quiserem saber mais, é só perguntar!



Na próxima publicação falaremos sobre o sucesso, aquilo que significa para nós e a nossa forma muito pessoal de o atingir. Vão pensando no assunto. ;)

Tenham um dia maravilhoso,

~Mónica e Nícia